Soneto 116

De almas sinceras a união sincera Nada há que impeça: amor não é amor Se quando encontra obstáculos se altera, ou se vacila ao mínimo temor...
Amor é um marco eterno, dominante, Que encara a tempestade com bravura; É astro que norteia a vela errante, Cujo valor se ignora, lá na altura. 
Amor não teme o tempo, muito embora Seu alfange não poupe a mocidade; Amor não se transforma de hora em hora, Antes se afirma para a eternidade. 
Se isso é falso, e que é falso alguém provou, Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.
William Shakespeare

Comentários